domingo, 9 de julho de 2006

Alteru


Hoje foi um dia assim. Mais pros outros do que pra mim. Ontem e hoje. E é bom fazer sem pensar em vc. Satisfazer outro sorriso, ganhar um "obrigado" com o olhar. A era da sobrecarga precisa disso. O individualismo cansa, enjoa até. É um saco existir só pra si. Sinto que meu egoísmo se esvai. E o surpreendente: estou ótima! É o engraçado do inexplicável e gigantesco mistério chamado vida. Som de violão me conforta.

Fui toda pra alguns, menos pra mim. E, puxa, observar isso depois dá prazer. Fiz por gente que nem conheço, agi gratuitamente. É amor? Amar o próximo? Será? Poderia fazê-lo sempre. Viver disso. É bom existir na união, ser um pouco do muito, uma das andorinhas do verão. Perceber-se na multidão e saber que o seu pouquinho fez alguém feliz, ainda que na mesma intensiade do ato. O outro nunca deixa de ser algo de vc. Deveríamos pôr o outro sempre em primeiro lugar. Já pensou? Não, não dá... Somos humanos, não dá... Droga!

Vou me aceitar assim. Admitir o mundo do jeito que me foi explicado; o indivíduo da forma que se construiu. E continuamos montando as sociedades desta maneira. Sem pararmos para uma pequena reflexão que nos indicaria o caminho pelo outro. O outro como o propósito do seu bem particular. O coletivo como parte integrante para a satisfação própria. Ainda que a lógica tenha caráter egocêntrico, ela contemplaria o seguinte. Seria uma boa saída.

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