sábado, 10 de março de 2012

Três de uma vez!



Trindade. Trio. Tríplice. Triciclo. Trevo. Trilogia. Trinca. Tripé. Tridente. Tridimensional. Tríade. Trintão. Triângulo. Três. Três. Três. As reticências deixam três pontinhos para o infinito...

Brahma, Vishnu, Shiva. Corpo, Mente, Espírito. Osíris, Ísis, Horus. Inteligência, Vontade, Amor. Pai, Filho, Espírito Santo. Eu, Você, Nós. Unidade, Vazio, Tudo.

Na Numerologia, é meu número. Nasci em 3/3. Há três anos não escrevo nesse blog. Numa generalização, Deus, o único, vem em três. A unidade é uma tríade. Três é a Manifestação. O Absoluto. Três É. E se o que existe é coerente e harmônico, é no terceiro parágrafo que me despeço da nova chegada.

Agora é Três de uma vez!

sábado, 28 de março de 2009

Inteligência emocional


Na verdade, minha estratégia geral nos cinco jogos restantes foi não dar ao computador alguma meta concreta para calcular o que viria depois... No fim, aquilo deve ter sido minha maior vantagem: eu pude privá-lo das suas prioridades e ajustar meu jogo. Ele não podia fazer a mesma coisa comigo.

Um cérebro humano que calcula entre 3 e 5 jogadas por segundo contra uma máquina com 256 co-processadores capazes de lhe render 200 milhões possibilidades de jogo por segundo. Garry Kasparov, em sua última batalha contra uma máquina da IBM, o Deep Blue, em maio de 1997, venceu duas partidas, empatou três e perdeu uma. Na pontuação geral, foi derrotado. Pela primeira vez na história da humanidade, um computador vencia um campeão mundial de xadrez num match com regras de tempo oficiais.

De 8 a 11 de maio daquele ano, um cerébro humano e uma máquina travaram uma batalha acompanhada pelo mundo. O homem era passível às pressões e estímulos externos. O computador não sofria essa desvantagem. Em compensação, era inflexível, só traçava as possibilidades de jogo a partir da armação instalada no tabuleiro e que já tinha previsto em sua memória, onde possuía coletadas todas as "trilhas" que culminavam em vitórias.

Kasparov tinha o diferencial da intuição, além de situar-se melhor frente às novas situações apresentadas pelo adversário. Ele podia questionar e visualizar rapidamente um grande número de variantes complexas. Mesmo o que considera como pontos fracos seus, a defesa e o jogo em posições simples, não foi o suficiente para distanciar-se tanto da máquina.

Um empate contra Deep Blue já seria surpreendente. Imagine três empates e duas vitórias! O fato prova que possuímos o inalcançável às máquinas. Nossa emoção e motivação são itens exclusivos e que ainda nos tornam tão especiais neste planeta. Inteligência emocional?

Curiosidades: Após a derrota em 1997, o jogador solicitou à IBM uma cópia dos arquivos das jogadas de Deep Blue para que entendesse melhor seu oponente. Havia também a desconfiança de que a máquina seria auxiliada por humanos durante o jogo. A IBM não forneceu os dados e aposentou o computador logo em seguida.

- Cogita-se uma grande jogada de marketing a promoção daquela última batalha. A IBM perdia mercado para a Microsoft. Com a vitória no tabuleiro, comprovou sua capacidade como marca e a superioridade tecnológica, tendo a valorização de suas ações desparada na bolsa.

- Kasparov anunciou sua aposentadoria em março de 2005, após vencer o Torneio de Linares. Ele foi preso em 2007, após liderar uma manifestação contra as medidas tomadas pelo presidente russo Vladimir Putin.

- O documentário Game Over: Kasparov and the Machine (2003) questiona a veracidade do resultado de 1997.

- Em 2006, numa batalha também contra uma máquina, no mesmo formato de seis partidas, o campeão mundial de xadrez venceu três, empatou duas e perdeu uma. Ao final, declarou ser o último humano campeão de xadrex.

domingo, 15 de março de 2009

USB 3.0: até 5 gigabits por segundo!


Chamado comercialmente por USB SuperSpeed, por ser dez vezes mais rápido que o antecessor, o USB 3.0 chega mantendo praticamente a mesma arquitetura e a mesma facilidade de uso do USB 2.0. Seu diferencial vem com otimizações relacionadas ao consumo de energia e à eficiência do protocolo.

A velocidade de transferência da nova versão é de 4,8 Gb/s, enquanto o USB 2.0 oferece 480 Mb/s. Ambos os tipos continuarão compatíveis, apesar da nova variante ter transmissão de dados bidirecional.
Fonte: Olhar Digital

quarta-feira, 11 de março de 2009

Sil, uma fã


Fãs e ídolos. Uma relação construída em meio às TVS, hotéis, holofotes, viagens e apertos para garantir o lugar na primeira fila dos shows. Um carinho gratuito, que nasce de um amor por alguém grande, quase inatingível, mas ao mesmo tempo tão real quando dá acessibilidade às marcas de emoção que também carrega em seu coração.

Afinal, são todos humanos ali. Vidas de caminhos distintos, mas que têm a mesma intensidade de amor pela arte. Um, enquanto produtor dessas emoções; outro, enquanto catalisador de tantas vibrações sensitivas. Fãs e ídolos são, mais do que qualquer outra comparação, pura energia em sintonia. São rádios conectadas na mesma estação. Longe ou perto, tocam, cantam e se encantam todos os dias.

Silvana Alves é uma estação de rádio ligada 24 por dia no som de Ricardo Chaves. Um amor que não consigo descrever porque não sei explicar como se chega a tal intensidade. É um afeto que supera qualquer limitação e a recupera de qualquer susto. É um importante laço que a sintoniza com o restante do mundo. A Silvana é uma rádio especial, que só emana boas vibrações. O Ricardo é sua antena principal. São elétricos. E de carga muito positiva.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A incrível força gay


Que Sean Penn é um mestre em interpretação todo mundo tá cansado de saber. Mas reafirmar isso com tanta categoria só mesmo assistindo a "Millk", o filme que levou às suas mãos ontem à noite a estatueta do Oscar de Melhor Ator. A sensibilidade e a plasticidade que adotou para encarnar Harvey Milk, o primeiro político homossexual eleito nos EUA, foram determinantes.

Além das questões políticas, sociais e de poder que o filme traz, não podemos deixar de lado a grande faceta que justifica o prêmio: transmitir a incrível força gay.

É difícil compreender e aceitar essa forma no mundo ocidental. Priorizamos o intelecto e a racionalidade como méritos humanos. Mal sabemos que a grande possibilidade da vida está concentrada nas relações afetivas, seja com que for. Este é o conteúdo. E ser gay é dar valor ao sentimento, ao amor de que somos feitos e que nos une nesse mundo afora. Esta é a mensagem da qual não podemos fugir: a força é a da prática do amor.

O cinema, que usa o seu alto poder ideológico para manipular, nos é útil quando (re)produz histórias verídicas como a de Millk. Se quisermos, podemos até acreditar num cunho educativo. Sim, pois retratar aqueles fatos, tão marcantes para a comunidade homossexual americana da década de 70, é reviver o começo de uma luta. É instalar essa incrível força contra o preconceito na memória coletiva, que a terá como o pontapé inicial para as lutas que seguem. Afinal, o futuro é sempre resultado da projeção de algo por que passamos. É o movimento que os une e os fortalece contra o preconceito.

Como o próprio Harvey Millk dizia: "Formamos uma força gay nacional".

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Seja o que quiser


Tudo finda. A sabedoria da velhice chega ao protagonista quando ainda criança. Com as rugas, ele carrega o peso das limitações de quem não pode mais. De quem já deveria ter feito o que pode, ter sido o que quis.

Ser velho no início trouxe a dor da verdade, da realidade, do imutável. Ser jovem no fim é o mundo de possibilidades e permissões. É a vida completa em sua finitude. E mais: com a sabedoria da velhice, sem dor porque os sustos ficaram para aqueles tempos ruins de uma infância corroída pela imobilidade.

Brad Pitt e Cate Blanchett foram tão bom par quanto em Babel. Lindos e fortes em suas atuações. O filme é para quem é curioso, para quem questiona, para quem sente o pulso da vida e é capaz de se emocionar com cenas tão banais, tão flashs dos nossos dias.

O curioso caso de Benjamin Button fica na memória e no coração. Vou revê-lo e descobri-lo mais por inúmeras vezes. Assim espero e recomendo.

OBS.: Se a Terra é nossa mãe, a internet é quase o pai... Encontrei frases marcantes do filme e estou na obrigação de reproduzi-las. Respire fundo... Agora siga a leitura!

- "Nós temos de perder as pessoas que amamos. De qual forma mais saberíamos o quão importante elas são para nós?"

- "Você nunca sabe o que está reservado para você."

- "Ninguém é perfeito para sempre."

- "Algumas pessoas nascem para sentarem na beira do rio... Algumas são atingidas por raios... Algumas tem ouvido para música... Algumas são artistas... Algumas nadam... Algumas entendem de botões... Algumas conhecem Shakespeare... Algumas são mães... e Algumas pessoas dançam."

- "Sua vida é definida pelas oportunidades... mesmo aquelas que você perdeu."

- "Você pode ficar irado como um cão raivoso da forma como as coisas aconteceram Pode praguejar e amaldiçoar o destino, mas quando chega o fim, você tem que aceitar."

- "Para o que vale a pena? Nada é muito tarde, ou no meu caso muito cedo – para ser quem você quer ser. Não há tempo limite. Você para quando quiser. Você pode mudar, ou ficar igual – não há regras para isso. Nós podemos tirar o melhor ou o pior disso. Eu espero que você tire o melhor. Eu espero que você veja coisas que te deixem sobressaltado. Espero que você sinta coisas que nunca sentiu antes. Eu espero que você conheça pessoas com um ponto de vista diferente do seu. Eu espero que você viva uma vida que se orgulhe. Se você acha que não está acontecendo, eu espero que você tenha a força para recomeçar tudo de novo."

sábado, 3 de janeiro de 2009

Em Reforma

JuHits informa que o blog está "fechado para reforma", ainda sem previsão de retorno.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Discurso de amigo secreto


Confraternização da equipe de trabalho no final de semana. Clube na praia, gargalhadas regadas a coquetéis no bar molhado da piscina. Em seguida: hora do amigo secreto. A brincadeira, que aconchega e aproxima os envolvidos, foi, para mim, especial.

Por ser a integrante mais recente do antigo e recheado grupo, tive de iniciar. As retas que interligavam os componentes daquela circunferência davam continuidade ao processo de integração e afeição coletiva. Risadas e muitas palmas a cada nova adivnhação. Quem disse que isso é chato? Só tinha autenticidade ali!

Bem, com esse ponto de partida, já estava marcada a linha de chegada da dinâmica: eu. E quem me tira? A chefe, uma administradora e líder como nunca tive a oportunidade de conhecer tão de perto. Contando com a fraca memória e sabendo da importância desse momento para a minha vida, me vi na obrigação de fazer esse registro. Sei que já esqueci tanto do que foi dito, mas segue boa parte do que ainda resta:

"Essa pessoa é alguém que admiro e respeito... tem uma forte semelhança com os momentos vividos pelo nosso setor. Trabalha na dela, faz acontecer do seu jeito. Passou por experiências fortes, barras difícieis e saiu-se muito bem. Nessa evolução, traz algo que estávamos precisando e nos faz muito bem: alegria. Meu amigo secreto é uma pessoa que está desabrochando e, além de tudo, é uma gata de cinema. Isso é pra você, Ju".

Ganhei de presente um brinde à vida.
A garrafa foi só um detalhe.

Foto: Gabriel Pevide

sábado, 29 de novembro de 2008

Vicky Cristina Barcelona


E quando o equilíbrio não existe?

O filme retrata particularmente três grandes pontos da "alma humana", digamos assim. Cada personagem é um extremo desse ser. Complexo, incompleto. Sempre.

A luz da filosofia tenta nos explicar no mundo como seres em constante conflito. Nossos - também três - grandes empasses são: querer, poder e dever. "Quero, mas não posso. Posso, mas não devo. Devo, mas não quero", e todas as combinações possíveis. Digamos que as moçoilas do filme sejam cada um.

O querer é institivo, passional, atirado e razo. Perecível em sua condição de apenas ser. O poder é recionalizado, rico, dinâmico, objetivo, calculador. Não foge à regra ditada. E o dever... Bem... O dever é a confluência desse querer permitido ou não. É a loucura personificada em Penélope Cruz. E um triângulo amoroso remonta a um equilíbrio. Seria a solução?

Não só por essas questões, a obra vale a pena ser vista também pelo conteúdo cômico, bem Woody Allen. Filme leve para um fim de domingo.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Imagine


Imagine como seria o "não" se um dia ele se concretizasse. Feche os olhos por um minuto. E imagine. É esse o verbo que impera quando não podemos ver. A imaginação ganha suas asas mais potentes.

Em Ensaio sobre a cegueira, enxergamos isso e muito mais. Um filme que retrata a cegueira resultante de tanto exagero por parte da "lucidez". Em poucas palavras: é tanta coisa ao nosso redor que mal vemos o essencial, o que nos bastaria como seres vivos. Para percebermos isso, Saramago propõe um teste no qual a visão é desprezada e os homens são postos à prova em sua capacidade de sobrevivência e organização social baseados em todos os outros instintos e sentidos. Vale tudo, menos ver.

A realidade de cada um é, então, construída pela imaginação. E, por um instante, há organização em meio à desordem aparente. Sim, pois, ainda que guiados por seu próprio universo imaginário, cada um conflui com o coletivo no interesse pela permanência no mundo. Sem ser visto, o outro é percebido. E um diálogo ou um desejo flui a partir da sensação de uma nova presença física. O real se mostra com outro teor. Agora traz peso, emoção, calor, energia... ultrapassa a relativa aparência para se justificar.

É assim que o escuro dá vez ao claro. E que talvez o "não" deixe de ser. A vida acontece diferente, mais rica. Nova, sem cores e formas pré-definidas. Bonito e feio perdem sentido. Ela só pulsa em cada um e vibra no ambiente. Animais? Não, gente mesmo... Coisa de raça.

Reconheçamos: o "não" é um grande convite para o "sim". Imagine.