domingo, 22 de julho de 2007

Transformers

O planeta Cybertron e a sua raça de robôs evoluídos iniciam a grande história que vem parar na Terra. Autobots (facção operária, o bem) e Decepticons (facção militar, o mal) entram em conflito durante eras, consumindo boa parte da energon - energia responsável pela sua existência. Nesse pega pra capar galáctico, eles são atraídos pelo campo gravitacional do nosso planeta azul e se misturam aos bilhões de humanos e nossas incontáveis fontes de energia natural. Detalhe: por serem super desenvolvidos, podem assumir várias formas de objetos para o alcance de seus objetivos. Na Terra, os robôs se transformam em equipamentos, armas e, principalmente, veículos.

A história dos Transformers já foi contada em desenho animado, gibi e filme. Por não possuir direitos autorais exclusivos, quem veicula, por vezes, altera alguns detalhes, o que resulta num desencontro de datas se comparadas algumas versões. A animação foi febre no Brasil e os brinquedos, adicionados à magia de transformar carros em robôs, encanataram muitos pivetes do meu tempo.
Agora, a parte mais legal, os personagens-chave! Optimus Prime é o heróico líder dos Autobots, cheio de coragem, princípios de direito e a favor da liberdade de escolha. Ele se transforma numa carreta linda (vermelha e azul, por que será???), que lidera sem autoritarismo. Blumblebee é um herói de guerra, um Chevrolet Camaro que faz sucesso no longa. O mal: basta citarmos o grande líder Megatron. É uma espécie de "jato" cybertroniano. Não tenho dúvidas, um dos melhores momentos do filme é dele, e justo quando se apresenta: "I am Megatron", com aquela super voz que arrepia até quem não tá na sala do cinema.

Enfim, passado o blá-blá-blá, o interessante é percebermos o quanto de sociologia e filosofia pode-se encontrar ali, no meio de um monte de máquina. Vale ressaltar as cenas ótimas de ação, explosão, tiros e tal; mas a lógica do longa traz pensamentos consistentes too. O cara falar que a gente é uma raça nova, atrasada, perfeitos débeis em comparação a eles foi tudo. Um belo lembrete pra quem acha que só pode e não deve, uma lição para os religiosos ao extremo, um "alô" para os líderes mundiais e um sinal de alerta para os "comuns", os que fazem as sociedades diariamente.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Vôo JJ 3054

O Brasil parou ontem à noite. Milhões de olhares voltaram-se para as TVs e outros meios de comunicação em busca das mais incríveis imagens e de novas informações; alguns, como eu, até esperavam ver uma cena chocante de salvamento, daquelas que arrepiam, uma vida inteira preservada.

Mas não, só desabamento, fumaça e fogo, muito fogo. Uma grande chama no meio da maior cidade do país. O interessante para ser analisado nesses momentos é o clima de comoção que ultrapassa qualquer "barreira" tangível. Os jornais do mundo todo noticiaram a tragédia brasileira, o presidente decretou luto de três dias, as bandeiras - brasileiras e internacionais - do Pan estão hasteadas a meio mastro. A formalização das condolências tem sua beleza. Parece até que vivo numa nação digna.

O pior, o doloroso são os gritos de negação dos familiares com a confirmação dos nomes. É ver pessoas indo do Rio Grande do Sul a São Paulo com materiais que possam identificar as vítimas, carbonizadamente irreconhecíveis. E eu penso, como todo mundo: "Por quanto tempo eles souberam de sua eminente morte? Teve oração coletiva? Entrega desesperada?". O piloto tentou e acho que calculou bem como poderia acabar com aquilo com menos danos possíveis. Eram 186 pessoas a bordo e esta se tornou a maior tragédia da aviação brasileira.

A TAM tem uma das frotas mais novas em circulação, aviões com menos de dez anos de uso, muitos com avançado sistema eletrônico. Difícil ter sido falha técnica. O acidente aconteceu às 18h45min no aeroporto de Congonhas. Antes desse, muitas outras aeronaves já haviam derrapado, algumas resultando em acidentes fatais inclusive. Os estudos vão indicar a causa desse terror, eu só temo que seja o descuidado com a pista. Porque aí já é demais. Já é desperdiçar muitos de nós dolorosa e vergonhosamente para o mundo num despreparo inaceitável.

JuHits está de luto.
*A foto é de Isabela Noronha

domingo, 8 de julho de 2007

PornoGráfico. Você também é.

Voltando do shopping no domingo à noite, pensei em passear na praia - sempre é bom aproveitar o privilégio de morar num litoral, né? Pelo menos, é como costumo pensar. No caminho, passei em frente ao teatro e grito logo: "Olha! Vai ter hoje PornoGráficos aqui! Vamo vê?". "Ah, vou sim. Deve ser legal".

E foi mesmo. Só conhecia o grupo de nome e, depois da exibição, passei a gostar do trabalho. PornoGráficos fala de... um obcecado por prazer rápido e fácil? Um doente louco por orgasmos contabilizados no chão da sala? Um ninfomaníaco? Não. Apenas mostra o homem posto às claras, pelo interior, através do ambiente de cores escuras. Sexo. Sexo. Sexo. Na cabeça, na mão, nos papéis, no pensamento. É uma paranóia oscilante entre o real e o imaginário.

O homem e seus desejos. O antigo dilema vem à tona figurado num "profissional" que desenha e se masturba incessantemente. Não há controle. Só entregas à facilidade e ao gosto do prazer sexual. Freud explicaria melhor aquele cara e seus amigos-da-sacagem, morto pelos próprios sentidos, comedor de seus próprios pedaços, sugador de sua própria energia. É bem o homem mesmo. É como você.

Ao final, recordei da resposta do psicanalista e escritor italiano Contardo Calligaris à revista nacional da Volkswagen. A pergunta era se considerava nossa sociedade hedonista. Ele foi categórico: "Acho o contrário. Prazer implica desgaste... Se somos hedonistas, somos hedonistas de circo". Concordo. A moral vem para nos conter e vivemos limitadamente. PornoGráficos exibe o humano animal e institivo, como muitos não querem ver. Eu me vi.

OBS: Sweet Dreams com Marilyn Manson ao fundo ficou demais!

sábado, 7 de julho de 2007

Kruppa


Final da Especialização em Assessoria de Comunicação, disciplina de Psicologia Organizacional. Definimos grupo:

do Germ. kruppa, massa enrolada
s. m.,
conjunto de objectos abrangidos no mesmo lance de olhos;
conjunto de coisas que formam um todo;
conjunto de indivíduos que têm interesses comuns;
conjunto de organismos relacionados;
reunião de pessoas;
ajuntamento;
pequena associação;
conjunto de átomos que formam parte de uma molécula;
Biol.,
conjunto de seres vivos com características comuns, a partir do qual é possível constituir outros conjuntos (família, espécie etc. );
Brasil,
uma das combinações do jogo do bicho;
gír.,
mentira, logro.
- de pressão: grupo ou associação de indivíduos que defende os interesses comuns dos seus membros procurando persuadir a opinião pública e a atividade governamental;
Med.,
- sanguíneo: cada um dos grupos de sangue humano caracterizados segundo as incompatibilidades que apresentam entre si quanto à hereditariedade e à transfusão

É. No resumão, acho que a gente foi isso mesmo.
Foi bom.